O Prefeito Municipal de São Roque do Canaã, Estado do Espírito Santo: Faz saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Esta Lei institui o Código de Obras do Município de São Roque do Canaã, objetivando garantir as condições mínimas que satisfaçam a segurança, conforto, higiene e a salubridade das edificações e obras em geral.
Art. 2º O Código de Obras disciplina os procedimentos administrativos e as regras a serem obedecidas no projeto, licenciamento, execução, manutenção e utilização das obras, edificações e equipamentos, observadas as normas municipais, estaduais e federais relativas à matéria.
Art. 3º Para os efeitos deste Código, ficam dispensadas de apresentação do projeto, ficando contudo sujeitas a concessão de licença, as construções e/ou reformas,destinadas a habitação tipo popular, desde que apresentem as seguintes características:
I - área total de construção igual ou inferior a
II - não determinem reconstrução ou acréscimo que, somados com a
área da construção existente, ultrapassem a área de
III - não possuam estrutura especial, nem exijam cálculo estrutural;
IV - não estejam inseridos em terrenos com inclinação superior a 50º em relação ao nível do logradouro;
V - que a construção não determine mais que um pavimento;
VI - não transgridam este código.
Parágrafo único - Para concessão de licença nos casos previstos neste artigo, serão exigidos croquis e cortes esquemáticos, contendo dimensões e áreas, traçados em formulários próprios fornecidos pela prefeitura.
Art. 4º Os edifícios públicos deverão possuir condições técnicas-construtivas que assegurem aos deficientes físicos pleno acesso e circulação nas suas dependências.
Art. 5º O responsável por instalação de atividade que possa ser causadora de poluição, ficará sujeito a apresentar ao órgão estadual que trata de controle ambiental o projeto de instalação, para prévio exame e aprovação, sempre que a Prefeitura Municipal julgar necessária.
Art. 6º Os pedidos de licença de obras, incidentes sobre terrenos situados em área de preservação, edificações tombadas pelo Instituto Brasileiro de Patrimônio Cultural - (IBPC) ou áreas de Marinha, deverão ser precedidos de exames e aprovação dos órgãos competentes.
Art. 7º Os projetos deverão estar de acordo com esta Lei e com a legislação vigente sobre zoneamento e parcelamento do solo do Município.
Art. 8º São considerados profissionais legalmente habilitados para projetar, calcular, orientar e executar as obras do Município, os registrados junto ao respectivo órgão fiscalizador do exercício profissional, respeitadas as atribuições e limitações consignadas por aquele órgão.
§ 1º Cabe, exclusivamente, aos profissionais que assinarem como autores, a responsabilidade pela elaboração do projeto, cálculos, especificações o qual responderá pelo conteúdo das peças gráficas, descritivas, especificações e exeqüibilidade de seu trabalho.
§ 2º O responsável técnico da obra é o profissional responsável pela execução das obras, desde o seu início até a sua total conclusão, respondendo por sua correta execução e adequado emprego de materiais, conforme projeto aprovado no Município em observância a legislação em vigor.
§ 3º Não cabe a Prefeitura, em conseqüência da aprovação do projeto, a responsabilidade sobre quaisquer atos descritos nos parágrafos anteriores.
Art. 9º É facultada a substituição ou a transferência da responsabilidade profissional, sendo que o substituto assume a responsabilidade da obra sem prejuízo da responsabilidade pela atuação do profissional anterior.
Parágrafo único - Quando o afastamento e a assunção do novo profissional ocorrem por um lapso de tempo, a obra permanecerá paralisada até que seja comunicada a nova responsabilidade à Prefeitura Municipal.
Art. 10 No local da
obra e enquanto nela trabalhar deverá haver, em local visível uma placa ou
tabuleta, cujas dimensões não poderão ser superior a largura de 1,50m (um metro
e meio) nem altura superior a
Art. 11 Para efeito deste código, as firmas e os profissionais devidamente habilitados, deverão requerer seu cadastramento no município.
Art. 12 Condições necessárias ao cadastramento:
- Apresentação de requerimento;
- Cópia da Carteira Profissional da Entidade;
- Cópia da Carteira de Identidade e CPF.
Art. 13 Todas as construções, acréscimos, modificações ou reformas a serem executadas no Município de São Roque do Canaã, serão precedidas dos seguintes atos administrativos:
I - da apresentação do projeto;
II - da aprovação do projeto;
III - da licença.
Art. 14 Os projetos deverão ser apresentados a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos da Prefeitura Municipal, contendo os seguintes elementos:
I - planta da situação e localização do terreno na escala mínima de 1:500 (um para quinhentos), constando:
a) a projeção da edificação ou das edificações dentro do lote, figurando rios, canais e outros elementos existentes no seu contorno que melhor identifique sua localização e que possam orientar a decisão das autoridades municipais;
b) as dimensões das divisas do lote e as dos afastamentos da edificação em relação às divisas e a outra edificação porventura existente;
c) as cotas de largura do logradouro e dos passeios contíguos ao lote;
d) indicação de numeração do lote a ser construído e dos lotes vizinhos, bem como da quadra correspondente;
e) relação contendo área do lote, área de projeção de cada unidade, cálculo da área total de cada unidade, taxa de ocupação.
II - projeto arquitetônico da construção em 3 (três) vias, em cópias heliográficas assinado pelo proprietário, pelo autor do projeto e pelo responsável técnico, dos quais, após visado, dois jogos serão devolvidos e o terceiro será arquivados pelo órgão;
III - planta baixa de cada pavimento da construção na escala mínima de 1.50 (um para cinqüenta), determinando:
a) as dimensões e áreas exatas de todos os compartimentos, inclusive dos vãos de iluminação, ventilação, garagem e áreas de estacionamento;
b) a finalidade de cada compartimento;
c) os traços indicativos dos cortes longitudinais e transversais;
d) indicação das espessuras das paredes e dimensões externas totais das obras.
IV - cortes transversais e longitudinais indicando a altura dos compartimentos, níveis dos pavimentos, altura das janelas e peitoris e demais elementos necessários à compreensão do projeto, na escala de 1.50 (um para cinqüenta);
V - planta de cobertura com indicação dos caimentos na escala de 1:200 (um para duzentos);
VI - elevação da (s) fachada (s) voltada (s) para a via pública na escala de 1:100 (um para cem);
VII - legenda ou carimbo, do lado inferior direito da prancha, contendo indicação da natureza e local da obra, numeração das pranchas, nome e assinatura do proprietário, bem como os nomes e as assinaturas do autor do projeto e do responsável técnico pela execução da obra, com respectivos números dos registros no CREA.
§ 1º No caso de reforma ou ampliação deverá ser indicado no projeto, o que será demolido, construído ou conservado, de acordo com as seguintes convenções:
I - traço cheio para as partes existentes a conservar;
II - tracejado para as partes a serem demolidas; e
III - traço cheio, com hachura interna, para as partes novas acrescidas.
§ 2º Nos casos de projetos para construção de edificações de grandes proporções, as escalas mencionadas neste artigo poderão ser alteradas devendo contudo ser consultado, previamente, o órgão competente da Prefeitura Municipal.
§ 3º Haverá sempre escala gráfica, o que não dispensa a indicação de cotas.
§ 4º No caso de reforma com acréscimo, indicar as duas áreas (anterior e a de acréscimo), e a soma das duas.
Art.
15 Para efeito de aprovação do projeto deverá ser apresentado os
seguintes documentos:
I - requerimento solicitando a aprovação do projeto
arquitetônico, assinado pelo proprietário ou procurador legal;
II - cópia autenticada do registro atualizado do terreno, do
cartório de Registro Geral de Imóveis;
III - cópia autenticada da Certidão Negativa de Tributo
Municipal, relativa ao imóvel;
IV - cópia ou certificado de matricula junto ao INSS;
V - apresentação da autorização do proprietário e do cônjuge,
se for o caso, acompanhada do título de propriedade de imóvel, legalmente
registrado, caso a construção venha a ser edificada sobre o imóvel alheio;
VI - cópia da guia de Anotação de Responsabilidade Técnica
(ART), quitada e assinada por quem de direito;
VII - aprovação do Corpo de Bombeiro, quando couber;
VIII - aprovação do órgão estadual ou municipal que trata do
controle ambiental ou da saúde pública, se cabível;
IX - comprovantes dos pagamentos das taxas cabíveis.
Art. 15 Para efeito de aprovação do projeto arquitetônico deverá ser apresentado os seguintes documentos: (Redação dada pela Lei nº 655/2011)
I - requerimento
solicitando a aprovação do projeto arquitetônico, assinado pelo proprietário ou
procurador legal; (Redação dada pela Lei nº
655/2011)
II - cópia autenticada do
registro atualizado do terreno, do cartório de Registro Geral de Imóveis; (Redação dada pela Lei nº 655/2011)
III - cópia autenticada da
Certidão Negativa de Tributo Municipal, relativa ao imóvel; (Redação dada pela Lei nº 655/2011)
IV - apresentação da
autorização do proprietário e do cônjuge, se for o caso, acompanhada do título
de propriedade de imóvel, legalmente registrado, caso a construção venha a ser
edificada sobre o imóvel alheio; (Redação dada
pela Lei nº 655/2011)
V - cópia da guia de
Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), quitada e assinada por quem de
direito; (Redação dada pela Lei nº 655/2011)
VI - comprovantes dos
pagamentos das taxas cabíveis. (Redação dada
pela Lei nº 655/2011)
Art.
Parágrafo único - Este prazo poderá ser dilatado, a critério da Prefeitura, quando necessário o comparecimento do interessado à Prefeitura ou quando necessário o pronunciamento de outras repartições ou entidades públicas.
Art.
Art.
I - requerimento dirigido ao Secretario da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos da Prefeitura Municipal, devendo figurar nele a discriminação dos serviços a executar, as indicações precisas sobre a localização das obras e o prazo para a conclusão, devidamente datada e assinada por quem de direito;
II - pagamento das taxas de licenciamento para execução dos serviços, conforme contido no Anexo III;
III - apresentação do projeto, devidamente aprovado;
IV - certidão negativa de tributos municipais;
V - apresentação da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) pela execução da obra.
VI - cópia da matricula CEI junto ao INSS; (Redação dada pela Lei nº 655/2011)
VII - aprovação do Corpo de
Bombeiro, quando couber; (Redação dada pela Lei
nº 655/2011)
VIII - aprovação do órgão
estadual ou municipal que trata do controle ambiental ou da saúde pública, se
cabível. (Redação dada pela Lei nº 655/2011)
§ 1º Junto ao pedido de licença deverá ser requerido o alvará de alinhamento do terreno.
§ 2º A aprovação do projeto e o licenciamento da construção, poderão ser requeridos simultaneamente, devendo, no caso, os projetos estarem completos com todas as exigências previstas no presente Código.
§ 3º Poderão ser executados, sem comunicação e isentos de taxa de licença de qualquer espécie, os serviços ligeiros que não alterem ou modifiquem os elementos geométricos de construção, como sejam os serviços de remendo de emboços de paredes, consertos, remendos ou substituições do revestimento de muros, pinturas e caiação, substituição de telhas, construção de passeios no interior de terrenos edificados, reparos em soalhos, frisos, rodapés, esquadrias e paredes, instalações sanitárias, bem como nas instalações elétricas.
§ 4º Excetuam-se do Parágrafo anterior o caso de ser necessário a utilização de andaime ou tapumes, caso que deverá ser observado o disposto na Seção II, do Capítulo V, deste Título.
Art.
Parágrafo único - A revalidação de aprovação do projeto poderá ser requerida pelo interessado, mediante reexame do projeto pelo órgão competente da Prefeitura Municipal, e pagamento das respectivas taxas.
Art.
§ 1º Se dentro do prazo estipulado, a construção não for concluída deverá ser requerida a prorrogação, observado o prazo de validade do projeto aprovado pela Prefeitura Municipal.
§ 2º Considerar-se-á iniciada, a obra cujas fundações estejam concluídas, dentro dos padrões técnicos adequados ao tipo de construção projetada.
Art. 21 As modificações introduzidas em projeto já aprovado deverão ser notificadas previamente, ao órgão competente da Prefeitura Municipal, que após exame poderá exigir detalhamento das referidas modificações.
§ 1º As modificações que não impliquem em aumento de área, não alterem a forma da edificação nem o projeto hidráulico-sanitário, poderão ser executadas independente de aprovação prévia, durante a execução da obra, desde que:
I - o autor do projeto ou responsável técnico pela obra, apresente ao órgão competente da Prefeitura, planta elucidativa, em 2 (duas) vias, das modificações propostas para fins do visto;
II - apresente o projeto modificado, em 3 (três) vias, para sua aprovação, observando, no que couber, ao contido na Sub-Seção I, do Capítulo III, Título I, deste Código.
§ 2º Após aprovação das modificações solicitadas, será uma das vias devolvidas ao requerente, mediante o pagamento das taxas, se cabíveis.
Art.
Art. 23 As edificações existentes regulares poderão ser reformadas em conformidade com esta Lei, desde que tenham o seu projeto aprovado pelo órgão competente da Prefeitura Municipal.
Art. 24 As edificações irregulares, no todo ou em parte, poderão ser regularizadas e reformadas, desde que atendam ao disposto nesta Lei, expedindo-se:
I - o Habite-se para a área a ser regularizada;
II - a licença para a reforma pretendida, com posterior emissão do Habite-se.
Parágrafo único - A edificação irregular só poderá ser reconstruída para atender a relevante interesse público.
Art. 25 Na reforma, reconstrução ou acréscimo de obra, os projetos serão apresentados com indicações precisas de maneira a possibilitar a identificação das partes a conservar, demolir e acrescer, conforme convencionado no § 2º, do art. 14.
Art. 26 Toda demolição será precedida de pedido de licença dirigida, ao órgão competente da Prefeitura, constando o prazo de duração dos trabalhos, o qual poderá ser prorrogado, mediante justificativa do interessado, ficando, a partir daí, sujeito a multas caso não haja conclusão dos trabalhos.
§ 1º A retirada dos entulhos, provenientes de demolição é de inteira responsabilidade do proprietário e a sua não observância ensejará penalidades cabíveis.
§ 2º O órgão municipal poderá, sempre que julgar conveniente, estabelecer horário dentro do qual uma demolição deverá ser executada.
Art. 27 Qualquer que seja a demolição, o profissional responsável ou proprietário, conforme o caso, se cercará de todas as medidas necessárias e possíveis para garantir a segurança dos empregados envolvidos, do público, das benfeitorias do logradouro e das propriedades vizinhas.
Art.
I - nas obras iniciadas clandestinamente, sem que o infrator, dentro do prazo de 30 (trinta) dias a contar de sua interdição, não ingresse com o pedido de licença de construção de acordo com as normas desta Lei;
II - quando comprovada a impossibilidade de recuperação da obra interditada na forma do contido na Seção V, Capítulo I, Título IV;
III - nas obras paralisadas por mais de 180 (cento e oitenta) dias, quando a mesma oferecer risco a segurança pública, conforme disposto no Parágrafo único, do art - 41;
IV - no caso de ruína ou de ameaça de ruína em uma construção paralisada;
V - quando se tratar de construção situada em logradouro importante, e que prejudique o aspecto estético da cidade, a critério da Municipalidade, a obra deverá ser demolida, qualquer que seja o seu estado.
§ 1º Para efetivar a demolição de qualquer imóvel, sob a forma do presente artigo, o Prefeito Municipal constituirá uma comissão especial, formada por profissionais habilitados, que após as vistorias e diligências cabíveis, emitirão um laudo técnico/jurídico sugerindo ao senhor Prefeito, as providências a serem adotadas.
§ 2º A decisão será levada ao conhecimento do proprietário para que, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, inicie a demolição ou apresente argumentos capazes de ensejar uma segunda apreciação pela comissão.
§ 3º Caso seja mantida a decisão inicial será concedido novo prazo de 48 (quarenta e oito) horas para que o proprietário providencie a demolição, findo o qual a Municipalidade tomará as providências cabíveis, cobrando as despesas decorrentes com acréscimo de 30% (trinta por cento) sobre o seu valor, a título de taxa de administração, sem prejuízo de outras multas estabelecidas.
Art. 29 Serão sumariamente demolidas as construções não licenciadas, edificadas ou em edificação sobre terreno da União, do Estado ou do Município, que não apresentarem comprovante de concessão.
Parágrafo único - Este ato será precedido de ação fiscal, caracterizada por um Auto de Infração, imputando-se ao infrator, as despesas ocasionadas pela demolição, sem prejuízo das demais penalidades legais cabíveis.
Art. 30 Poderão ser objeto de regulamentação específica por ato do Poder Executivo, procedimentos especiais relativos a:
I - edifícios públicos;
II - programas de habilitações de interesse social;
III - serviços ou obras que por sua natureza admitem procedimentos simplificados;
IV - programas de regularização de edificações e obras.
Parágrafo único - As edificações e equipamentos com características especiais ou transitórias terão seus projetos regulados, no que se refere a observância dos padrões de segurança, higiene, salubridade e conforto, por órgão municipal competente que fixará, em cada caso, diretrizes a serem obedecidas.
Art. 31 Os terrenos não construídos, localizados na zona urbana, deverão ser mantidos limpos, capinados, drenados e fechados por meio de muro, conforme disposto na Seção V, do Capítulo I, Título II, deste Código.
Art. 32 Os terrenos que estão sujeitos a ação erosiva das águas de chuvas e pela sua localização possam ocasionar problemas à segurança de edificações próximas, bem como a limpeza e livre trânsito dos passeios e logradouros, é obrigatório a execução de medidas visando a necessária proteção, segundo os processos usuais de conservação do solo.
Art. 33 Os terrenos pantanosos ou alagadiços, situados nas zonas urbanas, serão aterrados e drenados pelos respectivos proprietários, os quais serão para isso intimados.
Art. 34 Qualquer movimento de terra ou desmonte de rocha no terreno deverá ser executado com o devido controle, a fim de assegurar a estabilidade, prevenir erosões e garantir a segurança dos imóveis e logradouros limítrofes, bem como não impedir o escoamento de águas pluviais e fluviais.
Art. 35 Deverão ser mantidos na obra os alvarás cabíveis, juntamente com o projeto aprovado, para apresentação quando solicitado pelos fiscais de obras ou por outras autoridades competentes.
Art.
I - sejam instalados os tapumes e andaimes, dentro das condições estabelecidas nesta Lei;
II - obedeça ao projeto aprovado, as normas técnicas e ao direito de vizinhança, a fim de garantir a segurança dos trabalhadores, da comunidade e das propriedades;
III - o responsável mantenha os trechos de logradouros adjacentes à obra em perfeito estado de limpeza, não sendo permitida, sob pena de multa, a permanência de qualquer material de construção na via pública por tempo maior que o necessário para sua descarga e remoção.
Art. 37 É vedado executar nas obras qualquer serviço que possa perturbar o sossego dos hospitais, escolas, asilos e estabelecimentos semelhantes situados na vizinhança.
Parágrafo único - Nas obras situadas nas proximidades dos estabelecimentos referidos no artigo anterior, e nas vizinhanças de casas de residência, é proibido executar antes das 7 (sete) horas e depois das 19 (dezenove) horas, qualquer trabalho ou serviço que produza ruído.
Art. 38 Nenhuma obra, demolição ou reparo poderá ser feita no alinhamento das vias públicas sem a colocação de tapumes em toda sua extensão, para que se possa preservar a segurança dos transeuntes, devendo observar:
I - a faixa compreendida pelo tapume não poderá ter largura superior à metade da largura do passeio;
II - altura mínima de
III - apresentar perfeitas condições de segurança e garantir efetiva proteção às árvores e aos diversos bens públicos, tais como: aparelhos de iluminação e postes, sem prejudicar a eficiência dos mesmos.
§ 1º Em casos especiais, poderão ser aceitas pelo Município soluções que sejam tecnicamente mais adequadas.
§ 2º Serão dispensados os tapumes:
I - nas construções ou reparos de muros ou grades até
II - quando se tratar de pintura ou de pequenos consertos.
Art. 39 Os andaimes não poderão ocupar mais do que a metade do passeio, deixando a outra parte livre e desimpedida para os pedestres e deverão:
I - serem previamente licenciados pela Prefeitura;
II - proverem efetivamente à proteção das árvores, dos aparelhos de iluminação pública, dos postes e de quaisquer outros dispositivos existentes, sem prejuízo da completa eficiência de tais aparelhos;
III - serem postas em prática todas as medidas de segurança para proteger o trânsito sob o andaime e para impedir a queda de materiais e a propagação de pó, por meio de fechamento da face inferior e externas do andaime;
IV - os passadiços não poderão situar-se abaixo da cota de
Art. 40 Os tapumes e andaimes deverão ser periodicamente vistoriados pelo construtor, sem prejuízo de fiscalização da Prefeitura, a fim de ser verificada a sua eficiência e segurança.
Art. 41 No caso de se verificar a paralisação de uma obra por mais de 180 (cento e oitenta) dias, deverão ser retirados, os andaimes e tapumes, providenciando o fechamento do terreno no alinhamento do logradouro por meio de muro dotado de portão de entrada, para permitir o acesso ao interior da construção e desimpedindo o passeio e deixando em perfeitas condições de uso.
Parágrafo único - Permanecendo paralisada a construção após decorridos 180 (cento e oitenta) dias, será feito pelo órgão competente da Prefeitura Municipal o exame do local, a fim de verificar se a mesma oferece perigo e promover as providências que forem necessárias.
Art. 42 Uma obra é considerada concluída quando tiver condições de habitabilidade estando em funcionamento as instalações hidro-sanitárias e elétricas atendidas as exigências previstas nesta Lei.
Art. 43 Concluída a obra, o proprietário ou o responsável pela obra deverá solicitar através de requerimento dirigido ao órgão competente da Prefeitura Municipal a vistoria da edificação, objetivando a concessão do Habite-se.
Parágrafo único - Quando couber, deverão ser anexados ao requerimento os alvarás de Habite-se da Vigilância Sanitária e do Corpo de Bombeiros quando for o caso.
Art. 44 Não será concedido o Habite-se nos seguintes casos:
I - o projeto não foi executado como aprovado;
II - não tiver sido adequadamente pavimentado todo o passeio da área edificada;
III - não for executada a ligação de esgoto de águas servidas com a rede de logradouro, ou quando necessário a instalação de fossa filtrante, e a fossa séptica;
IV - não tiver sido assegurado o perfeito escoamento das águas pluviais no terreno edificado;
V - ausência do Habite-se referido no Parágrafo único, do art. 41.
Parágrafo único - Quando constatado na vistoria a inobservância ao contido no projeto aprovado, caberá a autuação ao interessado sem prejuízo da regularização cabível.
Art. 45 Tendo sido constatado pela vistoria, que a obra foi realizada em conformidade com o projeto aprovado, a Prefeitura expedira o Habite-se no prazo de até 15 (quinze) dias, a partir da data da entrada do requerimento pelo interessado.
Art. 46 Poderá ser concedido o Habite-se em caráter parcial, a juízo do órgão competente da Prefeitura Municipal, nos seguintes casos:
I - se a unidade autônoma concluída atender, para o uso a que se destina, as exigências mínimas previstas nesta Lei;
II - quando se tratar de prédio composto de parte comercial, parte residencial e puder cada uma das partes ser utilizada independentemente da outra;
III - quando se tratar de prédios de apartamentos, em que uma parte esteja concluída e caso a unidade em questão esteja acima da quarta laje é necessário que pelo menos um elevador esteja funcionando e possa apresentar o respectivo certificado de funcionamento;
IV - quando se tratar de mais de uma construção feita independentemente, no mesmo lote;
V - quando se tratar de edificação em vila ou condomínio estando seu acesso devidamente concluído.
Art. 47 Nenhuma edificação poderá ser ocupada sem que seja procedida a vistoria pela Prefeitura Municipal, com posterior expedição do respectivo Habite-se.
Art.
Parágrafo único - A Certidão Detalhada poderá ser requerida a qualquer tempo e descreverá as principais características da edificação cuja validade será de 1 (um) ano.
Art.
Art. 50 As fundações deverão ser projetadas e executadas de forma a assegurar a estabilidade da obra, podendo a Prefeitura condicionar a concessão de licença, para qualquer construção ao fornecimento de dados especiais relativos às fundações e de projeto completo acompanhado de cálculos estruturais.
Art. 51 As fundações serão executadas de modo que a carga sobre o solo não ultrapasse os limites indicados nas especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
§ 1º Não será permitido a construção de fundações sem preparo adequado do terreno quanto a umidade, quando haja servido para depósito de lixo, revestido de húmus e materiais orgânicos.
§ 2º As fundações não poderão invadir o leito da via pública.
§ 3º As fundações das edificações deverão ser executadas de maneira que não prejudiquem os imóveis vizinhos, sejam totalmente independentes e situados dentro dos limites do lote.
Art. 52 Na execução das paredes deverão ser respeitados os alinhamentos e demais detalhes estabelecidos no projeto.
Art. 53 As paredes tanto
externas como internas, quando executadas em alvenaria de tijolo comum, deverão
ter espessura mínima de
§ 1º As paredes externas de uma edificação serão sempre impermeáveis.
§ 2º As paredes de
alvenaria de tijolo comum que constituírem divisões entre economias distintas e
as construídas nas divisas dos lotes deverão ter espessura mínima de
§ 3º As espessuras mínimas de paredes citadas neste artigo poderão ser alteradas, quando forem utilizados materiais de natureza diversa desde que possuam comprovadamente, no mínimo os mesmos índices de resistência, impermeabilidade e isolamento térmico e acústico, conforme o caso.
Art. 54 As paredes de
banheiros, despensas e cozinhas deverão ser revestidas, no mínimo, até a altura
de
Art. 55 Os pisos dos compartimentos assentados diretamente sobre o solo deverão ser impermeabilizados.
Art. 56 Os pisos de banheiro e cozinha deverão ser impermeáveis e laváveis.
Art. 57 É livre a composição das fachadas, excetuando-se as localizadas em zonas tombadas, devendo, neste caso, ser ouvido o órgão Federal, Estadual ou Municipal competente.
Art. 58 Na cobertura das edificações deverão ser empregados materiais impermeáveis de reduzida condutibilidade calorífica, incombustíveis e capazes de resistir à ação dos agentes atmosféricos.
Art. 59 As águas pluviais provenientes das coberturas deverão ser esgotadas dentro dos limites do lote, não sendo permitido o deságüe sobre lotes vizinhos ou logradouros.
Parágrafo único - As edificações situadas no alinhamento do logradouro deverão dispor de calhas e condutores, e as águas canalizadas por baixo do passeio.
Art. :
Art.
I - nenhum de seus elementos estruturais ou decorativos, poderá
estar a menos de
II - sua construção não prejudique a arborização e a iluminação pública e não oculte placas de nomenclatura ou de outra indicação oficial dos logradouros.
III - terem na face superior um caimento em direção a fachada, junto a qual será colocada calha e respectivo condutor a fim de coletarem as águas encaminhando-as para a sarjeta sob o passeio.
Art. 61 As fachadas construídas recuadas, em virtude de recuo obrigatório, poderão ser balanceadas a partir do segundo pavimento.
Parágrafo
único - O balanço a que se refere o caput deste artigo não poderá
exceder à medida correspondente a ¾ (três quartos) da largura do recuo.
Parágrafo único - O
balanço a que se refere o caput deste artigo não poderá exceder à medida
correspondente a 2/3 (dois terços) da largura do recuo. (Redação dada pela Lei nº 655/2011)
Art. 62 Os terrenos não construídos na zona urbana, com testada para logradouro público, loteados ou não, serão obrigatoriamente fechados no alinhamento.
Parágrafo único - O fechamento será feito por um muro de alvenaria, por meio de cerca viva, a qual deverá ser mantida permanentemente bem conservada e aparada segundo o alinhamento ou outro meio julgado conveniente pela Prefeitura Municipal.
Art. 63 Os terrenos que margeiam as estradas de rodagem serão obrigatoriamente fechados no alinhamento sendo permitido o emprego de muro, cerca de madeira, cerca de arame liso, tela ou cerca viva.
Art. 64 Não será permitido o emprego de espinheiros de roseiras e de outras plantas que tenham espinho, para fechamento de terrenos.
Art. 65 Os terrenos construídos serão obrigatoriamente fechados no alinhamento por meio de muro, gradil ou cerca viva.
Parágrafo único - Poderá a juízo da Prefeitura, ser dispensado o fechamento dos terrenos construídos, desde que nos mesmos seja mantido um ajardinamento rigoroso e permanentemente conservado e que o limite entre o logradouro e o terreno fique marcado com meio fio, cordão de cimento ou outro processo equivalente.
Art.
Art. 67 Os proprietários dos imóveis que tenham frente para os logradouros públicos pavimentados ou dotados de meio-fio serão obrigados a pavimentar e manter em bom estado os passeios em frente de seus lotes, atendendo aos seguintes requisitos:
I - declividade de 2% (dois por cento) do alinhamento para o meio-fio;
II - largura e, quando necessário, especificação e tipo de material indicados pela Prefeitura;
III - vedação de utilização de revestimento formando superfície inteiramente lisa;
IV - proibição de degraus em logradouros com declividade inferior a 20% (vinte por cento).
Parágrafo único - Em determinadas vias, a Prefeitura Municipal poderá determinar a padronização da pavimentação dos passeios, por razões de ordem técnica e estética.
Art. 68 Os proprietários pelos terrenos que, quando intimados pela Prefeitura, a executar esses melhoramentos, não atenderem a intimação ficam sujeitos, além das penalidades previstas neste Código, ao pagamento do custo da construção, feita pela Prefeitura, cobrando-se a importância despendida, acrescida de 30% (trinta por cento), a título de taxa de administração.
Art. 69 Todas as edificações construídas ou reconstruídas dentro do perímetro urbano deverão obedecer ao alinhamento e ao recuo obrigatório.
Parágrafo único - Os afastamentos mínimos previstos serão:
I - afastamento frontal: mínimo de
- mínimo de
- mínimo de
Art.
Art. 71 É obrigatória a ligação de rede domiciliar às redes gerais de água e esgoto, quando tais redes existirem na via pública onde se situa a edificação.
Art. 72 Na ausência
da rede de esgoto, as edificações serão dotadas de fossas sépticas afastadas,
no mínimo
§ 1º Depois de passagem pela fossa séptica, as águas serão infiltradas no terreno por meio de sumidouro convenientemente construído.
§ 2º As águas provenientes de pias de cozinha e de copa deverão passar por uma caixa de gordura antes de serem lançadas no sumidouro.
§ 3º As fossas com
sumidouro deverão ficar a uma distância mínima de
§ 4º É vedada a descarga de esgoto sanitário de qualquer procedência e despejos industriais “in natura” nas valas coletoras de águas pluviais, ou em qualquer curso d’água.
Art. 73 Os compartimentos deverão atender aos requisitos mínimos quanto ao dimensionamento, iluminação e ventilação, como constante no Anexo I e serão classificados como:
I - de permanência prolongada: dormitórios, refeitórios, salas, escritórios, lojas, sobrelojas e similares;
II - de permanência transitória: vestíbulos, corredores, cozinha, copa, despensa, depósitos e similares;
III - de utilização especial: câmaras fotográficas, frigoríficos, adegas, caixa-forte e similares.
Art. 74 Nas construções, em geral as escadas ou rampas para pedestres, assim como os corredores deverão observar o disposto nesta Seção.
Art. 75 Os corredores deverão observar os requisitos mínimos especificados a seguir:
Tipo de Edificação |
Largura mínima |
Pe direito mínimo |
Residenciais |
|
2,70 |
Comerciais |
|
2,70 |
Educacionais |
|
2,70 |
Hospitalares |
|
2,70 |
Galerias |
|
2,70 |
Parágrafo único - Corredores
com mais de
Art. 76 As escadas deverão obedecer às normas estabelecidas a seguir:
I - deverão dispor de passagens, com altura livre mínima de
II - nas escadas de uso coletivo, sempre que a altura a vencer
for superior a
III - nas escadas circulares deverá ficar assegurada uma faixa
de
IV - as escadas de uso coletivo deverão ter superfície revestida com material anti-derrapante.
Art. 77 As escadas do tipo “marinheiro”, “caracol” ou em “leque” só serão admitidas para os acessos a torres, adegas, jiraus, casas de máquinas ou entre pisos de uma mesma residência.
Art. 78 Os degraus
das escadas devem possuir altura e largura que satisfaçam, em conjunto, à
relação 2H + L = 63 ou
Art. 79 As escadas de segurança deverão obedecer às normas do Corpo de Bombeiros.
Art. 80 Serão
admitidas rampas de acesso, internas ou externas, sempre que sua declividade
máxima não ultrapasse 10% (dez por cento) e largura mínima de
Parágrafo
único - Quando a rampa se destinar ao tráfego de veículos, o limite
máximo para a declividade é de 20% (vinte por cento) e largura mínima de
Parágrafo único - Quando
a rampa se destinar ao tráfego de veículos, o limite máximo para a declividade
é de 25% (vinte e cinco por cento) e largura mínima de
Art. 81 As edificações não residenciais deverão ser dotadas de rampas de acesso para pessoas portadoras de deficiências físicas.
Art. 82 É obrigatória a instalação de elevadores nas edificações com mais de quatro pavimentos, sendo o térreo considerado como 1º pavimento, contando a partir do logradouro público que lhe der acesso, não sendo considerados pavimentos em subsolos.
Parágrafo único - A instalação e a manutenção será realizada por responsável técnico legalmente habilitado que responderá perante o Município por quaisquer irregularidades ou infrações que se verificar nas instalações e funcionamento dos mesmos.
Art. 83 Todo compartimento deverá dispor de abertura comunicando-se diretamente com o logradouro ou espaço livre dentro do lote, para fins de iluminação e ventilação.
Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica a corredores e caixas de escada.
Art. 84 Não poderá
haver aberturas em paredes levantadas sobre a divisa ou menos de
Art.
85 As aberturas para iluminação ou ventilação dos cômodos de longa
permanência confrontando em economias diferentes e localizadas no mesmo terreno,
não poderão ter entre elas distancia menor que .
Art. 85 As aberturas para
iluminação ou ventilação dos cômodos obedecerão às medidas de acordo com a
permanência, da seguinte forma: (Redação dada
pela Lei nº 655/2011)
§ 1º Se de longa
permanência confrontando-se na mesma economia e localizados no mesmo terreno,
não poderão ter entre eles distância menor que
§ 2º Se de permanência
transitória para economias diferentes e localizados no mesmo terreno, não
poderão ter entre eles distância menor que
§ 3º Se de permanência
transitória confrontando-se na mesma economia e localizados no mesmo terreno,
não poderão ter entre elas distância menor que
Art. 86 Os lavabos, banheiros e os compartimentos de permanência especial poderão ter sua ventilação proporcionada por dutos os quais deverão dispor de:
I - acesso que permita fácil inspeção;
II - área mínima de
Art. 87 Poderá ser dispensada, a critério do órgão municipal competente, a abertura de vão para o exterior em cinemas, auditórios, teatros, salas de cirurgia e em estabelecimento industriais, institucionais, comerciais e de serviços, desde que:
I - sejam dotados de instalação de ar condicionado, cujo projeto completo deverá ser apresentado juntamente com o projeto arquitetônico;
II - tenham iluminação artificial conveniente.
Art. 88 Para efeito desta Lei, consideram-se como residenciais, as edificações destinadas à habitação de caráter unifamiliar, multifamiliar e coletiva.
Art. 89 Os compartimentos das edificações para fins residenciais, conforme sua utilização, obedecerão as condições quanto às dimensões mínimas, previstas no Anexo I, desta Lei.
Art. 90 Toda edificação residencial será constituída, no mínimo de uma sala, um quarto, um banheiro e uma cozinha, observado o estabelecido no Anexo citado no artigo anterior.
Parágrafo único - Poderá
a sala e o dormitório ou a sala e a cozinha constituir num único compartimento
de
Art. 91 As
construções de casas populares destinadas a residências, serão constituídas de
um único pavimento, de área mínima de
Parágrafo único - As construções em questão, poderão ser objeto de regulamentação específica, conforme definido na Seção VI, Capítulo III, do Título I.
Art. 92 Além de outras disposições do presente Código que lhes forem aplicáveis, os edifícios de apartamentos deverão obedecer às seguintes condições:
I - possuir local centralizado para coleta de lixo;
II - possuir equipamento para extinção de incêndio, de acordo com as exigências do Corpo de Bombeiros;
III - as escadas deverão obedecer as normas de segurança do Corpo de Bombeiros;
IV - possuir área de recreação, coberta ou não, proporcional ao número de compartimentos de permanência prolongada, possuindo:
a) projeção mínima de
b) continuidade, não podendo seu dimensionamento ser feito por adição de áreas parciais isoladas;
c) acesso através de partes comuns afastado dos depósitos coletores de lixo e isolado das passagens de veículos.
Art. 93 Além de outras disposições deste Código e das demais leis municipais, estaduais e federais que lhes forem aplicáveis, os estabelecimentos de hospedagem deverão obedecer as seguintes exigências:
I - hall de recepção com serviço de portaria;
II - entrada de serviço independente da entrada de hóspedes;
III - lavatório com água corrente em todos os dormitórios, quando não dispuserem de instalações sanitárias privativas;
IV - instalações sanitárias de pessoal de serviço independentes e separadas das destinadas aos hóspedes;
V - instalações sanitárias, quando em áreas comuns, independentes para homens e mulheres;
VI - local centralizado para coleta de lixo;
VII - serem dotados de instalação contra incêndios, de acordo com as normas de prevenção do Corpo de Bombeiros.
Art. 94 As edificações para fins não residenciais obedecerão as condições previstas neste Capítulo e demais normas que lhes forem correlatas.
Art. 95 As edificações de uso industrial deverão atender além das demais disposições deste Código que lhes forem aplicáveis, as seguintes:
I - terem afastamento mínimo de
II - terem afastamento mínimo de
III - terem pé direito mínimo de
IV - serem as fontes de calor, ou dispositivos onde se
concentram as mesmas convenientemente dotadas de isolamento térmico e afastadas
pelo menos
V - terem os depósitos de combustível locais adequadamente preparados;
VI - serem as escadas e os entrepisos de material incombustível;
VII - terem, nos locais de trabalho, iluminação natural através de abertura com área mínima de 1/6 (um sexto) do piso, sendo admitidos “lanternins” ou “shed”;
VIII - não terem a descarga de esgoto sanitário de qualquer procedência e despejos industriais “in-natura” nas valas coletoras de águas pluviais, ou em qualquer curso d’água;
IX - disporem de compartimento para vestiário, por sexo, com
áreas de
Art. 96 Nas
edificações para fins industriais cuja lotação por tempo de serviço seja
superior a 150 (cento e cinqüenta) operários, será obrigatório a construção de
refeitório, com área mínima de
Art. 97 Sempre que do processo industrial resultar a produção de gases, vapores, fumaças, poeiras e outros resíduos, deverão existir instalações que proporcionam a eliminação ou exaustão e o isolamento térmico, ouvido os órgãos competentes.
Parágrafo único - As
chaminés deverão ter altura que ultrapasse a
Art. 98 As edificações destinadas à fabricação e manipulação de gêneros alimentícios ou de medicamentos deverão satisfazer as seguintes condições básicas:
I - terem as paredes revestidas, até a altura mínima de
II - terem o piso revestido com material lavável e impermeável;
III - terem assegurado a incomunicabilidade direta com os compartimentos sanitários;
IV - terem as aberturas de iluminação e ventilação providas de tela milimétrica ou outro dispositivo que impeça a entrada de insetos no recinto.
Art. 99 Só será admitida edificação, destinada à indústria ou depósito de explosivo ou inflamáveis em locais previamente aprovados pela municipalidade, observada a legislação federal pertinente e os regulamentos administrativos.
Art. 100 As edificações destinadas à indústria, cuja operação seja indispensável a instalação de câmaras frigoríficas deverão ser observados:
I - rede de abastecimento de água quente e fria;
II - sistema de drenagem de águas residuais;
III - revestimento em azulejos ou material similares até a altura
mínima de
IV - compartimentos destinados à instalação de laboratório de análise;
V - compartimento destinado à instalação de forno crematório.
Parágrafo único - Não se consideram industriais as edificações de câmaras frigoríficas para exclusivo armazenamento e revenda de produtos frigoríficos.
Art. 101 As
edificações destinadas a restaurantes, além de observarem as normas deste
Capítulo deverão dispor de sala de refeição com área mínima de
Art. 102 Nos restaurantes serão exigidas instalações sanitárias para uso do público contendo 1 (um) vaso sanitário, 1 (um) lavatório, 1 (um) mictório para cada área de salão de refeição estabelecida no artigo anterior, observadas a separação dos mesmos por sexo.
Parágrafo único - As
instalações de uso privativo dos empregados deverão conter 1 (um) vaso
sanitário, 1 (um) mictório, 1 (um) lavatório e 1 (um) chuveiro para cada
Art. 103 Será obrigatório a instalação de exaustores na cozinha.
Art. 104 Os bares e similares
deverão dispor de instalações sanitárias, separada por sexo, com 1 (um) vaso
sanitário e 1 (um) lavatório, no mínimo, para cada área útil igual ou inferior
a
Art. 105 Além das disposições do presente Código que lhes forem aplicáveis, as edificações destinadas ao comércio, serviço e atividades profissionais deverão ser dotadas:
I - reservatórios de água, de acordo com as exigências do órgão ou empresa encarregada do abastecimento de água, totalmente independente da parte residencial quando se tratar de edificações de uso misto;
II - instalações coletoras de lixo nas condições exigidas para os edifícios de apartamentos, quando tiverem mais de 2 (dois) pavimentos;
III - abertura de ventilação e iluminação na proporção de no mínimo 1/6 (um sexto) da área do compartimento;
IV - pé direito mínimo de
V - instalações sanitárias em todos os conjuntos ou salas com
área igual ou superior a
Parágrafo único - A natureza do revestimento do piso e das paredes das edificações contidas nesta Seção, dependerá das atividades a serem desenvolvidas, devendo ser executados de acordo com as leis sanitárias do Estado.
Art. 106 As edificações de que trata esta Seção deverão dispor de instalações sanitárias mínimas, na seguinte proporção:
I - 1 (um) vaso sanitário e 1 (um) lavatório, quando forem de
uso de uma ou mais unidade autônomas com área útil inferior a
II - 2 (dois) vasos sanitários e 2 (dois) lavatórios, quando
forem de uso de uma ou mais unidades autônomas com área útil de até
III - mais 1 (um) vaso sanitário e 1 (um) lavatório para cada
Art. 107 Além das disposições deste Código que lhes forem aplicáveis e as estabelecidas pela Secretaria de Saúde do Estado, as construções hospitalares deverão satisfazer ainda ao mínimo que estabelece a Portaria nº 1884 do Ministério da Saúde.
Art. 108 As edificações destinadas à prestação de serviços de educação, até o nível do segundo grau deverão prever área de recreação, mínima, para a totalidade da população de alunos:
I -
II -
Parágrafo único - Não são considerados como pátios cobertos corredores e passagens.
Art. 109 As creches,
escolas maternais e pré-escolas terão no máximo 2 (dois) andares para uso dos
alunos, admitindo-se andares a meia altura, desde que os alunos não vençam
desníveis superiores a
Art. 110 As escolas de
primeiro grau terão, no máximo, 3 (três) andares para uso dos alunos,
admitindo-se andares a meia altura, desde que os alunos não vençam desníveis
superiores a
Art. 111 Serão admitidos outros andares além dos previstos nos artigos antecedentes para uso exclusivo da administração.
Art. 112 As edificações destinadas a escola deverão dispor de salas de aula observando-se:
I - pé direito mínimo de
II - área calculada à razão de ;
II - área calculada à
razão de
III - janelas apenas em uma de suas paredes asseguradas iluminação lateral esquerda e tiragem do ar por meio de pequenas aberturas na parte superior da parede oposta;
IV - janelas dispostas no sentido do eixo maior da sala, quando esta tiver forma retangular, aproximando-se do teto tanto quanto possível.
V - as escadas serão de lances retos e seus degraus terão
Art. 113 As edificações destinadas a creches deverão dispor de salas de aula ou salas de atividades que atendam às seguintes condições mínimas:
I - pé direito de
II - área calculada à razão de
Art. 114 As edificações destinadas a escolas e creches deverão dispor de instalações sanitárias dentro das proporções abaixo especificadas, observadas a separação por sexo e o isolamento individual para os vasos sanitários:
ESCOLAS |
|||||
ITENS |
MASCULINO |
FEMININO |
GRUPOS
ATÉ |
||
Mictório |
01 |
- |
até 25 alunos |
||
Lavatório |
01 |
01 |
até 25 alunos |
||
Sanitário |
01 |
01 |
até 15 alunos |
||
CRECHES |
|||||
Sanitário |
01 |
até 6 alunos |
|||
Lavatório |
01 |
até 6 alunos |
|||
Chuveiro |
01 |
até 8 alunos |
|||
Art. 115 As edificações destinadas a creches e escolas deverão dispor de instalações para bebedouros higiênicos, na proporção de 1 (um) aparelho por grupo de 30 (trinta) alunos.
Art. 116 Os
refeitórios quando houver, deverão dispor de áreas proporcionais a
Art.
117 As cozinhas, quando existentes, terão área mínima de
Art. 117 As cozinhas,
quando existentes, terão área mínima de
Art. 118 Os ginásios
de esportes deverão ter área mínima de
Art. 119 Os ginásios
deverão dispor de vestiários na proporção de
Art. 120 As instalações sanitárias de uso público serão compostas de 2 (dois) vasos sanitários, 2 (dois) lavatórios e 2 (dois) mictórios, por grupo de 100 (cem) espectadores.
Art. 121 As edificações destinadas a estabelecimentos públicos, deverão ser objeto de regulamentação específica por ato do Poder Executivo, conforme estabelece o art. 30 desta Lei.
Art. 122 As edificações destinadas a postos de serviços e abastecimento de veículos, observadas as disposições do presente código, deverão:
I - apresentar projetos detalhados dos equipamentos e instalações;
II - ter suas instalações distribuídas de modo a permitirem franco e fácil acesso e saída dos carros que nele se forem abastecer;
III - possuir canaletas para captação de águas superficiais em toda a extensão do alinhamento do terreno convergindo para grelhas coletoras em quantidade necessária capaz de evitar sua passagem para a via pública;
IV - ter construção em materiais incombustíveis;
V - ter as águas de lavagem canalizadas e conduzidas a caixas separadoras, antes de lançadas na rede de águas pluviais;
VI - possuir calçada ao longo de toda a delimitação com logradouros públicos;
VII - as bombas de abastecimento deverão estar afastadas no
mínimo
VIII - os aparelhos calibradores de ar e abastecimento de água
deverão observar o recuo mínimo de
IX - a projeção da cobertura não deverá ultrapassar o alinhamento do terreno com o logradouro público;
X - construção de muros de alvenaria de, no mínimo,
Parágrafo único - As edificações para postos de abastecimento de veículos deverão ainda observar as normas concernentes à legislação vigente sobre inflamáveis.
Art. 123 Os postos de abastecimento deverão ter instalações sanitárias, separadas por sexo, destinadas aos funcionários e ao público, dotadas de no mínimo:
DESTINAÇÃO |
SANITÁRIO |
LAVATÓRIO |
CHUVEIRO |
Público |
01 |
01 |
- |
Funcionário |
01 |
01 |
01 |
Art. 124 Será permitida a instalação de bombas para abastecimento em estabelecimentos comerciais, industriais, empresas de transporte e entidades públicas somente para uso privativo.
Art. 125 Em todos os casos é obrigatória a instalação contra incêndios, as quais deverão obedecer as normas de segurança do Corpo de Bombeiros.
Art. 126 As edificações destinadas a reuniões culturais e recreativas, além das prescrições deste Código e outras que lhes forem aplicáveis, deverão observar o que se segue:
I - ante sala, com área mínima equivalente a 1/5 (um quinto) da área total do salão de reuniões;
II - dispor de, no mínimo, 2 (duas) saídas para logradouros ou para outro espaço descoberto ou desobstruído;
III - as portas de escoamento do público deverão ter largura
total, correspondendo a
IV - instalação de ar condicionado nos salões e ante-salas, quando a capacidade for igual ou superior a 300 (trezentas) pessoas e instalação de renovação do ar, quando a capacidade for inferior a 300 (trezentas) pessoas;
V - as portas de saída quando não forem diretamente abertas para
a via pública, darão para passagens ou corredores cuja largura mínima deverá
corresponder a
VI - para as poltronas de uso público deverão ser observadas o
espaçamento mínimo entre filas, de encosto a encosto de
VII - a disposição das poltronas deverá ser feita por setores, separadas por circulação longitudinais e transversais, não podendo o total de poltronas, em cada setor exceder a 200 (duzentas) unidades.
Art. 127 As edificações destinadas a cinema e teatro deverão:
I - ter pé direito livre, mínimo na sala de projeção de
II - dispor de bilheterias na proporção de 1 (uma) para cada 600 (seiscentas) pessoas, vedada a abertura de guichês para logradouro público;
III - dispor de pelo menos 2 (dois) camarins individuais para artistas, com instalações sanitárias privativas.
Parágrafo único - Para as edificações aqui especificadas, observar-se-á, no que couber, o disposto no artigo anterior.
Art. 128 Deverá haver instalações sanitárias convenientemente dispostas para fácil acesso ao público, devidamente separadas por sexo e o isolamento individual, quanto aos vasos sanitários.
Parágrafo único - As instalações sanitárias para uso de empregados serão independentes das de uso público com separação por sexo, isolamento quanto aos vasos sanitários, observado o disposto a seguir:
DESCRIÇÃO |
MASCULINO |
FEMININO |
GRUPO DE |
I - Público Mictório |
01 |
- |
até 200 pessoas |
Lavatório |
01 |
01 |
até 200 pessoas |
Sanitário |
01 |
01 |
até 300 pessoas |
II - Empregados Sanitário |
01 |
01 |
até 25 pessoas |
Lavatório |
01 |
01 |
até 25 pessoas |
Chuveiro |
01 |
01 |
até 25 pessoas |
Art. 129 As edificações destinadas a reuniões culturais e recreativas deverão observar as normas concernentes à legislação vigente sobre inflamáveis.
Art. 130 As condições para o cálculo do número mínimo de vagas de veículos serão na proporção abaixo discriminada, por tipo de uso das edificações:
I - residência unifamiliar: uma vaga por unidade residencial;
II - residência multifamiliar: uma unidade por unidade residencial;
III - supermercado com área superior a
IV - restaurantes com área superior a
V - hotéis: uma vaga para cada 2 (dois) quartos;
VI - motéis: uma vaga por quarto;
VII - hospitais, clínicas, casas de saúde: uma vaga para cada
Parágrafo único - Será considerada área útil, para os cálculos referidos neste artigo, as áreas utilizadas pelo público, ficando excluídos: depósitos, cozinha, circulação de serviço ou similares.
Art.
Art.
Art. 132 Será permitido que as vagas de veículos exigidas para as edificações ocupem as áreas liberadas pelos afastamentos laterais, frontais ou de fundos.
Art. 133 As condições topográficas e pedológicas do terreno deverão ser adequadas ao fim proposto, à critério dos órgãos técnicos da Prefeitura.
Parágrafo único - O
lençol d’água deverá estar entre
Art. 134 Os
cemitérios deverão apresentar, em todo o seu perímetro, uma faixa arborizada de
no mínimo
Parágrafo único - As águas pluviais da faixa arborizada deverão ser canalizadas ao coletor público, em tubulação subterrânea, não sendo admitido o escoamento superficial de água em qualquer ponto da divisa ou testada do cemitério.
Art. 135 Os cemitérios deverão dispor de áreas para estacionamento interno, diretamente ligada à via periférica, dimensionada em razão de 2% (dois por cento) da área total do cemitério.
Parágrafo único - Os
acessos ou saídas de veículos deverão observar um afastamento mínimo de
Art. 136 Os cemitérios deverão ter, no mínimo, os seguintes equipamentos:
I - câmaras mortuárias;
II - local para atendimento ao público;
III - sanitários públicos;
IV - escritórios de administração;
V - depósito para materiais;
VI - sanitários e vestiários para funcionários;
VII - telefones públicos.
Parágrafo único - Caso seja previsto serviço de cremação, deverá ser reservado local adequado para as câmaras crematórias.
Art. 137 Constitui infração toda a ação ou omissão contrária as prescrições deste Código, ou de outras leis, decretos, resoluções e atos baixados pelo Governo Municipal.
Art. 138 Será considerado infrator todo aquele que cometer, mandar, constrangir ou auxiliar alguém a praticar infração e, ainda, os responsáveis pela execução das leis que, tendo conhecimento da infração deixarem de autuar o infrator.
Art. 139 As penalidades a que se refere este Código não isentam o infrator da obrigação de reparar o dono resultante da infração, na forma do Art. 159 do Código Civil.
Art.
§ 1º Nas reincidências as multas serão cominadas em dobro.
§ 2º Considera-se reincidente, aquele que violar alguma prescrição deste Código, por cuja infração já tiver sido autuado ou punido no espaço de 1 (um) ano.
Art. 141 Sem prejuízo das sanções de natureza civil ou penal cabíveis, as infrações serão punidas, alternativa ou cumulativamente, com as penalidades seguintes:
I - notificação preliminar;
II - multa;
III - embargo da obra;
IV - interdição do prédio;
V - demolição.
Art. 142 Quando o infrator se recusar a satisfazer a penalidade pecuniária, imposta de forma regular e pelos meios cabíveis, no prazo legal, esta será executada judicialmente.
Parágrafo único - Os infratores que estiverem em débito de multa não poderão receber quaisquer quantias ou créditos que tiverem com a Prefeitura, participar de convite, concorrência, tomada e coleta de preços, celebrar contratos ou termos de qualquer natureza ou transacionar a qualquer título com a Administração Municipal.
Art. 143 As multas serão impostas em grau mínimo, médio ou máximo.
§ 1º Na imposição da multa e para graduá-la, ter-se-á em vista.
I - a maior ou menor gravidade da infração;
II - as suas circunstâncias atenuantes ou agravantes;
III - os antecedentes do infrator, com relação às disposições deste Código.
§ 2º Aplicada a multa não fica o infrator desobrigado do cumprimento da exigência regulamentar que a houver determinado.
Art. 144 Verificando-se infração à lei ou regulamento municipal, e sempre que se constate não implicar em prejuízo eminente para a comunidade, será expedido contra o infrator, proprietário ou responsável técnico, notificação apontando a irregularidade apurada, e fixando-se em prazo para que regularize a situação.
§ 1º O prazo para regularização da situação não deverá exceder a 10 (dez) dias úteis para ser cumprida e será fixado pelo agente fiscal no ato da notificação.
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido sem que o notificado tenha regularizado a situação apontada, lavrar-se-á o Auto de Infração.
Art.
§ 1º No caso do infrator não se encontrar no local da infração, ser analfabeto, fisicamente incapaz na forma da lei ou ainda, de se recusar a assinar a notificação, o autuante anotará este fato no documento de fiscalização, devendo ser o mesmo encaminhado por via postal com aviso de recebimento (AR).
§ 2º A ausência da assinatura do infrator não invalida a notificação, não desobrigando-o de cumprir as penalidades impostas através da mesma.
Art. 146 As notificações conterão obrigatoriamente:
I - o dia, mês, ano e lugar em que foi lavrada;
II - o nome e o cargo de quem lavrou;
III - o nome e o endereço do infrator;
IV - a disposição infringida;
V - a assinatura de quem a lavrou;
VI - a assinatura do infrator, observadas as situações previstas nos parágrafos do artigo anterior.
Art. 147 Não caberá notificação, devendo o infrator ser imediatamente autuado:
I - quando ocorrer início de qualquer construção ou demolição sem concessão do alvará respectivo;
II - quando houver embargo ou interdição.
Art. 148 O Auto de Infração é o instrumento pelo qual a autoridade municipal apura a violação às disposições deste Código e demais normas legais do Município.
Art. 149 São autoridades para lavrar Autos de Infração os fiscais, e outros funcionários da Prefeitura Municipal a quem tenha sido delegada essa atribuição.
Art. 150 São autoridades para confirmar Autos de Infração e arbitrar multas, o Prefeito ou a quem seja delegada essa atribuição.
Art. 151 Nos casos em que se constate perigo ou prejuízo iminentes para a comunidade, será lavrado o Auto da Infração, independentemente da Notificação Preliminar.
Art. 152 O Auto de Infração conterá obrigatoriamente:
I - o dia, mês, ano, hora e lugar em que foi lavrado;
II - o nome e cargo de quem o lavrou;
III - relato, usando de máxima o fato constitutivo da infração e os pormenores que possam servir de atenuante ou de agravante à ação;
IV - o nome do infrator, seu endereço, profissão ou atividade;
V - a assinatura de quem o lavrou, do infrator e de 2 (duas) testemunhas, se houver;
§ 1º Relativamente ao inciso V, observar-se-á ao disposto no § 1º e 2º, do artigo 145, deste Código.
§ 2º As omissões ou incorreções do Auto não determina sua nulidade quando do processo constarem elementos suficientes para caracterizar a infração e identificar o infrator.
§ 3º O Auto de Infração será lavrado em 2 (duas) vias, sendo a 2ª via entregue ao autuado, encaminhado por via postal com aviso de recebimento (AR), ou publicado em edital caso não tenha sido localizado o interessado.
Art. 153 Lavrado o Auto de Infração, o infrator poderá apresentar defesa no prazo de 10 (dez) dias úteis a contar da data do recebimento da 2ª via do Auto de Infração ou da data da publicação do edital, findo o qual será o mesmo encaminhado à decisão da autoridade municipal competente.
§ 1º A defesa deverá ser feita por meio de requerimento acompanhada das razões e provas que a instruam e será dirigida à autoridade competente, que a julgará no prazo de 10 (dez) dias úteis.
§ 2º Não caberá defesa contra a Notificação Preliminar.
Art. 154 Julgada a defesa, o infrator deverá ser comunicado pela autoridade competente, após o prazo estabelecido no § 1º do art. 153.
§ 1º Julgada procedente a defesa, tornar-se-á nula a ação fiscal, dando ciência ao fiscal responsável pelo auto.
§ 2º Sendo julgada improcedente a defesa ou não sendo apresentada no prazo previsto, será imputada a multa ao infrator, sendo este intimado a recolhê-la aos cofres públicos, dentro do prazo de 5 (cinco) dias úteis, se residir na sede municipal e de 10 (dez) dias úteis se residir fora da sede, a contar da data do recebimento da mesma.
Art.
Parágrafo único - Na hipótese de não ser encontrado o infrator ou estiver ele em lugar incerto e não sabido, a notificação se fará por edital.
Art.
Art.
Art. 158 Enquanto não estiver caracterizada a omissão do infrator ou enquanto o pedido de defesa não for julgado pela autoridade competente, não poderá o agente fiscal lavrar novo auto pela mesma infração contra o infrator.
Art. 159 Qualquer edificação, obra parcial em execução ou concluída poderá ser embargada, sem prejuízo das multas cabíveis e outras penalidades, quando:
I - na execução de obras ou funcionamento de instalações sem a licença nos casos em que esta é necessária;
II - na inobservância de qualquer prescrição da licença;
III - quando em desacordo ao projeto aprovado;
IV - na execução das obras sem a responsabilidade de profissional legalmente habilitado, quando indispensável;
V - quando houver inobservância quanto as indicações de alinhamento e nivelamento fornecidos pelo órgão competente;
VI - quando os responsáveis ou os proprietários se recusarem a atender, dentro do prazo estipulado, a intimação da Municipalidade;
VII - estiver em risco sua estabilidade ocorrendo perigo para o público ou para o pessoal que as execute.
Art. 160 O embargo será feito através do Auto de Infração no qual determinará a aplicação da multa.
Art. 161 O levantamento do embargo só será concedido mediante petição devidamente instruída pela parte interessada, acerca do cumprimento de todas as exigências que se relacionarem com a obra ou instalação embargada, e satisfeito o pagamento das multas cabíveis.
Art. 162 Proceder-se-á interdição:
I - quando a construção ou instalação estiver sendo executada de maneira a poder resultar perigo para a segurança da construção ou instalação;
II - quando ocorrer ameaça à segurança pública ou ao próprio pessoal empregado nos diversos serviços;
III - prosseguimento da obra embargada.
Art. 163 Até cessarem os motivos da interdição será proibida a ocupação, permanente ou provisória sob qualquer título da edificação, podendo a obra ficar sob vigilância do órgão investido do poder de polícia.
Parágrafo único - A suspensão da interdição será procedida de vistoria pelo órgão competente, na forma da Lei e, dar-se-á mediante petição do interessado, devidamente instruída quanto os fatos que a motivaram, e pagas as multas estabelecidas.
Art. 164 Não atendida a interdição, não realizada a intervenção saneadora ou indeferido o respectivo recurso, terá início a competente ação judicial.
Art. 165 Julgada improcedente a defesa apresentada pelo infrator, não sendo a mesma apresentada no tempo hábil, será imposta multa correspondente à infração, sendo o infrator intimado a pagá-la, dentro do prazo estabelecido no § 2º, do art. 144.
Art.
Art. 167 Em caso de reincidência, o valor da multa será progressivamente aumentada, acrescentando-se ao último valor aplicado o valor básico respectivo.
Art. 168 As multas, independentemente de outras penalidades previstas pela legislação em geral e as do presente Código, serão aplicadas de acordo com o constante no Anexo II.
Art.
Parágrafo único - É obrigação do proprietário a colocação da placa de numeração que deverá ser fixada em lugar visível.
Art. 170 Fica o Poder Executivo autorizado a promover a regularização dos imóveis edificados, sem a competente licença municipal, desde que as respectivas edificações tenham sido iniciadas em data anterior à vigência desta Lei.
§ 1º A regularização consistirá no pagamento das taxas para aprovação do projeto, regularização do imóvel, expedição da Certidão Detalhada e do Habite-se, bem como o pagamento das multas cabíveis.
§ 2º Para a obtenção da regularização o interessado deverá apresentar junto ao protocolo do Município, requerimento contendo a solicitação, acompanhada dos seguintes documentos:
a) cópia do projeto apresentado de acordo com o disposto no Art. 12, devendo retratar fielmente o imóvel edificado;
b) cópia do documento comprobatório de propriedade do imóvel, devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis;
c) Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, com laudo elaborado por responsável técnico habilitado;
d) cópia de certidão negativa de Tributos Municipais incidentes sobre o imóvel;
e) comprovante das multas e taxas devidamente quitadas.
§ 3º A edificação a ser regularizada deverá apresentar as condições mínimas de habitabilidade exigidas nesta Lei.
Art. 171 Após vistoria realizada por servidor designado pelo órgão competente da Prefeitura, será aposto carimbo de Regularização do Imóvel no Projeto, salientando que o mesmo confere com o existente “in loco”.
Art. 172 Quando na edificação existirem vãos livres que iluminam cômodos, de forma permanente ou transitória, voltadas diretamente para a divisa com terceiros, inferiores ao previsto nesta Lei, será aceita a declaração com firma reconhecida em cartório, do proprietário do imóvel vizinho, permitindo que o vão permaneça aberto, desde que comprovadas a propriedade e/ou posse do imóvel limítrofe.
Parágrafo único - Quando o imóvel a ser regularizado não possuir recuo ou afastamento que não se enquadre nas disposições desta Lei, será aceito o existente, desde que respeitados os limites do logradouro e ainda, que as águas pluviais provenientes da cobertura não sejam lançados para os terrenos vizinhos.
Art. 173 As edificações situadas em áreas cujo parcelamento e ocupação são expressamente proibidos em Lei em hipótese alguma serão regularizadas.
Art. 174 Fica instituído o Conselho Municipal de Regularização de Edificações, órgão deliberativo com atribuições para analisar e deliberar sobre os casos não previstos nesta Lei.
§ 1º A regulamentação e composição do Conselho referido no “caput” deste artigo será feita através de ato do Executivo Municipal.
§ 2º Uma vez nomeados os seus Membros, o Conselho terá o prazo de 90 (noventa) dias para elaborar o seu regimento interno.
Art. 175 Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Gabinete do Prefeito, 18 de dezembro de 2001
Este texto não substitui o original publicado e arquivado na Prefeitura Municipal de São Roque do Canaã.
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(1) Os pisos do banheiro/cozinha/área de serviço/garagem, deverão ser de
material impermeável.
(2) As paredes do
banheiro/cozinha/área de serviço, deverão ser de material impermeável até
(3) Os banheiros não poderão comunicar-se diretamente com a cozinha ou
sala de refeição.
(Redação dada pela Lei nº 655/2011)
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COMPARTIMENTO |
ÁREA
m2 |
LARGURA m |
PÉ-DIREITO m |
PORTAS m |
ILUMINAÇÃO VENTILAÇÃO |
RESIDENCIAIS |
|||||
Sala |
10,00 |
2,50 |
2,70 |
0,80 |
1/6 |
Quarto |
9,00 |
2,50 |
2,70 |
0,70 |
1/6 |
Quarto de serviço |
5,00 |
2,00 |
2,70 |
0,70 |
1/8 |
Banheiro |
2,50 |
1,20 |
2,40 |
0,60 |
1/8 |
Banheiro de serviço |
2,00 |
1,00 |
2,40 |
0,60 |
1/8 |
Copa |
4,00 |
2,00 |
2,40 |
0,70 |
1/8 |
Cozinha |
4,00 |
1,80 |
2,40 |
0,80 |
1/8 |
Área de Serviço |
2,00 |
1,00 |
2,40 |
0,70 |
1/6 |
Hall |
1,00 |
0,80 |
2,40 |
- |
- |
Corredor |
- |
0,90 |
2,40 |
- |
1/10 |
Garagem |
11,25 |
2,50 |
2,30 |
- |
1/20 |
COMERCIAIS
|
|||||
Sala |
10,00 |
2,50 |
2,70 |
0,80 |
1/6 |
Ante Sala |
4,00 |
1,80 |
2,70 |
0,80 |
- |
Sanitário |
1,50 |
0,80 |
2,40 |
0,60 |
1/8 |
Cozinha |
1,50 |
0,90 |
2,40 |
0,70 |
- |
Loja |
12,00 |
3,00 |
3,00 |
- |
1/6 |
Garagem |
11,25 |
2,50 |
2,30 |
- |
1/20 |
POPULARES
|
|||||
Sala |
9,00 |
- |
2,70 |
- |
1/6 |
Quarto |
7,00 |
- |
2,70 |
- |
1/6 |
Banheiro |
2,00 |
- |
2,40 |
- |
1/6 |
Cozinha |
4,00 |
- |
2,40 |
- |
1/8 |
(1)
Os pisos do banheiro/cozinha/área de serviço/garagem, deverão ser de material
impermeável.
(2)
As paredes do banheiro/cozinha/área de serviço, deverão ser de material
impermeável até
UFIR |
MEDIDA |
|
1 - Ausência ou
desvirtuamento de licença ou da prorrogação de execução de serviço, obra,
reconstrução ou reforma: |
|
|
1.1 - edificação residencial
até |
1,5 |
m2 |
1.2 - edificação residencial
acima de |
2,5 |
m2 |
1.3 - edificação residencial
acima de |
3,5 |
m2 |
1.4 - edificação destinada a
indústria, comércio ou serviço |
3,5 |
m2 |
1.5 - instalação de equipamentos
|
50 |
unidade |
1.6 - corte e reposição de
pavimentação em logradouro público |
100 |
unidade |
1.7 - rebaixamento de meio
fio |
50 |
unidade |
1.8 - construção de calçada |
50 |
unidade |
1.9 - execução de muros e gradis
na divisa do lote |
1 |
m2 |
1.10 - execução de muro de
arrimo |
20 |
unidade |
1.11 - movimento de terra e
desmonte de rocha |
1 |
m2 |
1.12 - reparos externos em
fachada situada no alinhamento |
50 |
unidade |
1.13 - serviços que objetivam
a suspensão do embargo de obra licenciada |
50 |
unidade |
1.14 - reinicio de obras |
1 |
m2 |
1.15 - substituição,
afastamento definitivo e assunção de responsabilidade profissional |
0,12 |
m2 |
|
|
|
2 - Execução de obra em desacordo
com o projeto aprovado |
250 |
unidade |
|
|
|
3 - Terreno sem estar murado |
50 |
unidade |
|
|
|
|
|
|
4 - Terreno sem calçada para
logradouro público, havendo meio-fio assentado |
250 |
unidade |
|
|
|
5 - Jogar e depositar entulho
de construção em logradouro público |
50 |
unidade |
|
|
|
6 - Inobservância das
prescrições sobre tapumes e andaimes |
100 |
unidade |
|
|
|
7 - Desobservância ao embargo
ou interdição da obra |
50 |
unidade |
|
|
|
8 - Deixar materiais sobre o
leito do logradouro público, além do tempo necessário para descarga e remoção
|
50 |
unidade |
|
|
|
9 - Construir em desacordo
com o alinhamento |
100 |
unidade |
|
|
|
10 - Omitir no projeto, a
existência de cursos d’água ou topografia acidentada que exijam obras de
contenção de terreno |
50 |
unidade |
|
|
|
11 - Ausência de sistema de
prevenção contra incêndio e pânico |
1 |
m2 |
|
|
|
12 - Inobservância às
orientações sobre sistema hidro-sanitário |
0,12 |
m2 |
|
|
|
13 - Demolições executadas
sem a licença: |
|
|
13.1 - residenciais até |
50 |
unidade |
13.2 - residenciais de acima |
80 |
unidade |
13.3 - residenciais acima de |
100 |
unidade |
13.4 - indústrias / comércios
|
200 |
unidade |
|
|
|
14 - Ocupação de imóveis sem
o Habite-se: |
|
|
14.1 - residenciais até |
50 |
unidade |
14.2 - residenciais acima de |
80 |
unidade |
14.3 - residenciais acima de |
100 |
unidade |
14.4 - indústrias / comércios
|
200 |
unidade |
|
|
|
15 - Ausência da identificação
do proprietário e responsáveis pela obra |
5 |
unidade |
|
|
|
16 - Execução da obra em
horário não permitido |
10 |
unidade |
|
|
|
17 - Ligação indevida à rede
de escoamento de águas pluviais |
50 |
unidade |
|
|
|
18 - Desatendimento às demais
normas deste Código |
50 |
unidade |
|
|
|
INFRAÇÕES |
UFIR |
MEDIDA |
1 - Pedido de emissão de consulta prévia 2 - Pedido de análise do projeto 3 - Pedido de emissão do alvará de alinhamento e nivelamento 4 - Pedido de alvará de funcionamento de equipamentos 5 - Pedido de emissão de Certificado de Conclusão 6 - Pedido de emissão de Certificado de Mudança de uso 7 - Pedido de emissão do alvará de aprovação: 7.1 - Edificação nova 7.1.1 - pedido inicial 7.1.2 - revalidação 7.1.3 - projeto modificado 7.2 - Reforma 7.1.1 - pedido inicial 7.1.2 - revalidação 7.1.3 - projeto modificado 7.3 - Regularização 7.4 - Aprovação de equipamento 7.5 - Projetos de sistema de prevenção contra incêndio 7.6 - Projetos de sistema hidro-sanitário |
50,00 0,13 25,00 0,13 0,13 0,13 0,13 0,06 0,13 0,06 0,03 0,06 0,39 50,00 0,06 0,06 |
cada m2 cada m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 (1) m2 (1) m2 (1) m2 cada cada (2) m2 |
8 - Pedido de emissão de licença: 8.1 - edificação nova ou área acrescida em reforma ou reconstrução 8.2 - reforma ou reconstrução 8.3 - demolição 8.4 - instalação de equipamentos 8.5 - sistema de prevenção contra incêndio 8.6 - sistema hidro-sanitário 9 - Pedido de emissão de certidões |
0,06 0,06 25,00 25,00 0,06 0,06 25,00 |
m2
(3) m2
(3) cada cada m2 m2 cada (4) |
(1) da área da reforma
(2) cada equipamento
(3) por mês
(4) cada página